domingo, 16 de setembro de 2012


” O que eu lembro de nós, e teria tanto pra lembrar, são apenas as mãos entrelaçadas naquela tarde numa mesa de calçada, era um bar, nada mais havia para conversar tentamos dizer as últimas palavras, dar um epílogo decente ao nosso amor mas nenhum sentimento era soletrável, parecíamos dois gagos rumo à desistência então tuas mãos pegaram as minhas, teus dedos brincaram com meu anel e nem era um anel dado por ti, jamais perguntaste sobre meu passado e meus dedos encaixaram-se entre os teus, e as pontas dos polegares roçaram-se e os chopes esquentaram, o silêncio tomou posse da mesa, nossas mãos de uma ternura que seríamos incapazes diante do final, e é delas que eu lembro, não envelheceram te amo com as mãos até hoje, te escrevo, agora escreva pra mim, com as tuas. ” (M.M.)
O que eu lembro de nós, e teria tanto pra lembrar, são apenas as mãos entrelaçadas naquela tarde numa mesa de calçada, era um bar, nada mais havia para conversar tentamos dizer as últimas palavras, dar um epílogo decente ao nosso amor mas nenhum sentimento era soletrável, parecíamos dois gagos rumo à desistência então tuas mãos pegaram as minhas, teus dedos brincaram com meu anel e nem era um anel dado por ti, jamais perguntaste sobre meu passado e meus dedos encaixaram-se entre os teus, e as pontas dos polegares roçaram-se e os chopes esquentaram, o silêncio tomou posse da mesa, nossas mãos de uma ternura que seríamos incapazes diante do final, e é delas que eu lembro, não envelheceram te amo com as mãos até hoje, te escrevo, agora escreva pra mim, com as tuas. 

M.M.

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